São Paulo, sexta-feira, 13 de dezembro de 1996
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Consumidor não pretende comprar mais neste Natal

DA SUCURSAL DO RIO

A maioria dos consumidores do país não pretende comprar no Natal de 96 mais do que comprou no de 95. É o que revela uma pesquisa encomendada pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias) ao Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística).
Apenas 16% dos entrevistados entre 27 de novembro e 1º de dezembro responderam que pretendem comprar mais neste ano.
Em agosto, os números de uma pesquisa semelhante mostravam que 27% dos entrevistados pretendiam comprar mais no Natal deste ano, 19% pretendiam comprar menos e os mesmos 51% de agora pretendiam comprar o mesmo.
Para Flávio Castello Branco, subchefe do Departamento Econômico da CNI, os números indicam que "a expectativa do comércio de ampliação das vendas sobre 95 pode não se confirmar."
Segundo a pesquisa, a propensão por manter o nível de compras é maior nas camadas de renda mais elevada. Nas de baixa renda, a propensão é para o aumento.
Na tabulação por sexo, foi constatado que a propensão para reduzir as compras é maior entre as mulheres. Por produtos, os sapatos e roupas lideraram as intenções de compras, com 41%. Em segundo lugar, com 22%, estão os que não pretendem comprar nada.
Em agosto, essa opção tinha 13% de respostas. Dos que não pretendem comprar nada, 37% são do grupo de pessoas de baixa renda (menos de dois salários mínimos).
Em outra questão, 17% disseram que pretendem usar o 13º salário para pagar dívidas (11% em agosto) e 45% disseram que não recebem 13º (48% em novembro).
A pesquisa abrange desde as compras de Natal até a expectativa em relação ao Real, passando pelo desemprego e a satisfação com a vida. O percentual dos que se disseram desempregados caiu de 8% em agosto para 5% agora.

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