São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996
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Liberdade econômica ainda é restrita na maioria dos países

Brasil fica atrás de parceiros do Mercosul; Hong Kong é o 1º

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A plena liberdade econômica é um bem muito escasso no mundo, especialmente no Continente Americano, onde os Estados Unidos são o único país da região e um dos únicos do planeta com economia livre, afirma estudo realizado pela Fundação Heritage e pelo Wall Street Journal.
O estudo aponta a economia de Hong Kong como a menos regulamentada. Os Estados Unidos aparecem no sexto lugar.
O Chile, que ocupa a 22ª colocação, é o mais bem classificado entre os países "relativamente livres" da América Latina.
O Brasil ficou em 94º lugar e dividiu a posição com o México.
Os parceiros do Mercosul aparecem em melhor posição: Argentina (42º), Uruguai (43º) e Paraguai (46º).
O Índice de Liberdade Econômica classifica o grau de liberdade relativa de 150 economias com base em dez fatores, entre eles política comercial, direitos de propriedade e política monetária.
A classificação varia de um (economias mais livres) a cinco pontos (mais regulamentadas).
A principal conclusão do estudo é que os países com mais liberdade econômica têm taxas de crescimento per capita superiores às dos com economia regulamentada.
Outra conclusão é que os países que conseguiram se libertar do subdesenvolvimento nos últimos 20 anos o fizeram sem ajuda estrangeira, enquanto os que receberam grandes ajudas externas seguem empobrecidos.
A diferença, afirma Bryan Johnson, analista da Fundação Heritage, está no grau de abertura econômica adotada pelo países que saíram e pelos que permaneceram na pobreza.
Para Johnson, os "tigres asiáticos" e o Chile colocaram em prática reformas liberais necessárias para estimular o crescimento econômico, enquanto as nações que dependem de ajuda externa não o fizeram.
Segundo o vice-presidente da fundação Kim Holmes, só oito países no mundo têm economia que pode ser considerada plenamente livre.
Esse número é menor que o da última pesquisa, em 94, na qual 11 países mereceram o rótulo de "plenamente livres".
A lista atual é formada por Hong Kong, Cingapura, Bahrein, Nova Zelândia, Suíça, Estados Unidos, Grã Bretanha e Taiwan.

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