São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996
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São 66 anos de história

FERNANDO TEIXEIRA

A cultura underground dos fanzines é uma respeitável senhora norte-americana com a cabeça cheia de discos voadores.
O primeiro fanzine de que se tem notícia é o "The Comet", publicação sobre ficção científica, criada por Ray Palmer, em 1930, nos Estados Unidos.
De acordo com o livro "O que é Fanzine", assinado por Henrique Magalhães e editado na coleção Primeiros Passos, da Editora Brasiliense, os fanzines nasceram nos Estados Unidos e depois se propagaram pelo mundo.
Os editores eram os leitores e fãs mais empolgados de publicações sobre ficção científica.
Dos EUA, os zines seguiram para a Inglaterra, onde Maurice Handon e Dennis Jacques publicaram "Novae Terrae", em 1936.
Mas foi a explosão do movimento punk, em meados dos anos 70, que impulsionou os fanzineiros da Inglaterra.
O jornalzinho marginal dos franceses surgiu a partir de uma série de artigos sobre quadrinhos publicados na revista "Ficção".
A França chegou a construir uma fanzinoteca, a Fanzinothèque de Poitiers, um templo dedicado aos fanzines, em 1989.
Os fanzines de HQ surgiram no Brasil em outubro de 1965, quando Edson Rontani lançou, em Piracicaba (SP), o boletim "Ficção", impresso em mimeógrafo a álcool, no formato ofício.
Outros pioneiros foram "O Boletim do Clube do Gibi" (1971, SP), "Vivendo os Quadrinhos", os baianos "Focalizando os Quadrinhos", "De Olho nos Quadrinhos" e "Nostalgia dos Quadrinhos" (1976).

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