São Paulo, segunda-feira, 16 de dezembro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Europeus visitam mais

SILVIO CIOFFI
DO ENVIADO ESPECIAL

Há pouco mais de duas décadas, quando o turismo das Maldivas engatinhava, muitos maldivos nem haviam visto um europeu.
O curioso é que hoje, apesar de todo o desenvolvimento turístico e dos resorts modernos, as ilhas onde vivem as comunidades ainda têm um certo estranhamento diante de estrangeiros, roupas cavadas e câmeras fotográficas.
Mas, se o governo de Maumoon Abdul Gayoom tem mantido as tradições islâmicas nas localidades nativas, tem também se pautado por alguma modernização.
Como a pesca é uma das principais fontes de riqueza -e emprega 20% da mão-de-obra local-, o país comprou do Japão uma imensa fábrica de processar peixe.
Já o turismo, que é a principal fonte de renda, tem recebido investimentos estrangeiros desde 1972, ano em que chegaram os primeiros turistas.
Hoje, muitos dos hotéis modernos das Maldivas têm capital alemão.
Aos indianos, velhos aliados políticos, coube a instalação do aeroporto, que recebe cerca de 50 vôos internacionais por semana, incluídos aí os fretamentos.
Turismo em números
No ano passado, foram 314 mil os turistas que aterrissaram em Malé e seguiram para uma das 80 ilhas onde estão os resorts.
Segundo dados do Ministério do Turismo das Maldivas, em 1995 predominou o turismo de alemães (22%), italianos (16%), britânicos (11,6%), japoneses (9,3%) e suíços (6%).
Em 1997, ano batizado de "Visit Maldives Year", esse país de 250 mil habitantes espera 350 mil turistas.
Mas, mesmo sendo um dos raros países que têm anualmente em seu território mais estrangeiros do que cidadãos locais, as Maldivas têm conservado nas comunidades nativas o modo de vida de seus antepassados.
(SC)

Texto Anterior: Islamismo direciona a política do país
Próximo Texto: "Dhonis" e aviões dividem as paisagens
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.