São Paulo, segunda-feira, 23 de dezembro de 1996
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Sequestro é 'ato cruel', diz papa

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O papa João Paulo 2º pediu que os fiéis rezem pelos reféns que estão na residência do embaixador do Japão em Lima, aprisionados por integrantes do Movimento Revolucionário Tupac Amaru.
Também pediu que os guerrilheiros ponham os prisioneiros em liberdade.
"Espero que o Senhor ilumine as mentes e converta os corações dos responsáveis por esse ato deplorável", afirmou em espanhol, durante mensagem dominical realizada ontem, na praça São Pedro, com presença de cerca de 20 mil pessoas. Foi a primeira vez que o papa se manifestou sobre o assunto.
Ele qualificou o sequestro como um ato cruel. Segundo o papa, "violência não constrói o futuro de um povo". Ele afirmou sentir-se próximo à nação peruana neste momento. "Acompanhei com angústia os graves acontecimentos da embaixada japonesa do Peru."
"Peço com todo o meu coração que as pessoas detidas celebrem o Natal em liberdade com seus familiares." O papa também disse ter esperança que Deus ajude o Peru a alcançar uma solução positiva "para essa triste situação".

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