São Paulo, terça-feira, 24 de dezembro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Emenda sofre contestação
DA REPORTAGEM LOCAL Seis dos oito advogados ouvidos pela Folha criticaram a mudança que pode decidir pela reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso.Para Manoel Gonçalves Ferreira Filho, a própria inclusão da emenda da reeleição na pauta de sessões extraordinárias do Congresso Nacional seria uma irregularidade. "Não há o que justifique decidir-se a respeito dessa questão com urgência", afirmou. Com ele concorda Celso Antônio Bandeira de Mello, para quem a votação do tema em regime de urgência "é um absurdo sem sustentação lógica". Bandeira de Mello acredita que, se for caracterizada a posição de Fernando Henrique como favorável à reeleição, ele pode ser questionado pelo Ministério Público Federal. Segundo ele, a Procuradoria de Justiça Federal poderia questionar o presidente com base em dois artigos da Constituição: o 37, que trata da moralidade pública, e o 85, que se refere à improbidade administrativa. Fábio Konder Comparato acredita que a reeleição "comete uma obscenidade com a Constituição", porque contraria claramente seu texto. Para Ives Gandra Martins, a possibilidade de reeleição de Fernando Henrique "abre uma possibilidade enorme para o uso da máquina administrativa em seu favor". Texto Anterior: Regulamentação do plebiscito é polêmica Próximo Texto: Entenda o plebiscito Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |