São Paulo, quinta-feira, 26 de dezembro de 1996
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Desemprego afeta fábricas gaúchas

Setor perdeu 40 mil postos desde 94

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Cerca de 40 mil trabalhadores de indústrias de calçados do Rio Grande do Sul perderam o emprego a partir da implantação do Plano Real, em julho de 1994.
O dado é aceito por entidades patronais e de trabalhadores, que indicam como causa para o desemprego a defasagem cambial, que aumentou o preço do calçado brasileiro no mercado internacional, prejudicando as exportações.
A crise determinou o fechamento de cerca de 200 empresas, nos últimos dois anos. Fábricas de porte e tradicionais, como a Irmãos Müller e a Vetter, não conseguiram se manter em atividade.
Nos últimos meses, a indústria calçadista gaúcha tem mantido "estável" o número de empregados entre 103 mil e 104 mil, segundo dados da Abicalçados-RS, que reúne os fabricantes.
"O nível de emprego se estabilizou por baixo", diz Vicente Paulo Selistre, 32, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Calçados de Campo Bom (principal pólo calçadista do Estado).
Segundo Selistre, nesse município, 10 mil trabalhadores estão empregados e 1.500 estão fora do mercado. No Vale dos Sinos, o desemprego no setor é estimado pelo sindicato em 25%.

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