São Paulo, terça-feira, 31 de dezembro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Canto gregoriano se impõe além de moda e vendagem
JOÃO BATISTA NATALI
Trata-se, em verdade, de uma forma monódica, executada, sem interrupção, desde a imposição de seus cânones pelo papa São Gregório, o Grande (590-604). A longevidade é prodigiosa. Duas novas gravações de monges brasileiros foram recentemente lançadas. A primeira, "Salmos", pelo selo Paulus, traz o grupo do Mosteiro Beneditino da Ressurreição, de Ponta Grossa, no Paraná. O segundo, editado pela Secretaria da Cultura da Bahia, traz o coro do Mosteiro de São Bento, instalado em 1582 em Salvador. São duas interpretações a seu modo exemplares. Os monges paranaenses cantam 15 salmos em português. Os baianos, mais ortodoxos, 18 cantos em latim. A escolha do idioma original não dá necessariamente ao canto gregoriano uma proximidade maior com seus cânones primitivos. Essa forma de música é hoje executada da maneira com que foi transcrita, em pentagrama, por volta do século 14. A temática dos dois CDs não é a mesma. Enquanto os salmos da gravação do Paraná são todos evocativos de alguma forma de relação à divindade, as peças da Bahia se apegam a momentos da liturgia. Disco: "Salmos" (Beneditinos do Mosteiro da Ressureição) Lançamento: Paulus Quanto: R$ 17, em média Disco: "Canto Gregoriano" Lançamento: Secretaria da Cultura e Turismo, edição não comercializada Texto Anterior: Novo selo lança, sem libreto, a 'Fosca', de Carlos Gomes Próximo Texto: Joni Mitchell 1; Joni Mitchell 2; Golpe de Estado 1; Golpe de Estado 2; Luis Salinas; OMD Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |