São Paulo, quarta-feira, 14 de fevereiro de 1996
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Diretor de "O Quatrilho" quer torcida dos brasileiros pelo Oscar

DA SUCURSAL DO RIO

O diretor de "O Quatrilho", Fábio Barreto, 38, comparou a disputa pelo Oscar de melhor filme estrangeiro -seu filme foi indicado ontem- a uma final de Copa do Mundo e disse que quer a torcida dos brasileiros para "trazer o caneco".
"Será o Brasil na festa do Oscar. Quero o país todo torcendo, rezando, com tambores e terreiros do nosso lado", disse.
"O Quatrilho" é o quarto longa-metragem de Fábio, caçula do clã Barreto. O filme custou US$ 1,8 milhão e foi produzido pela empresa de Luís Carlos e Lucy Barreto, pais de Fábio e do também cineasta Bruno Barreto.
Para Fábio Barreto, a indicação de seu filme mostra que o cinema brasileiro volta a merecer crédito. "É o mérito de uma boa história, muito bem contada", afirmou.
Antes de "O Quatrilho", o último trabalho foi "Luzia-Homem" (1988). Ele prepara-se para rodar em Fortaleza (CE) "Bela Dona".
Segundo Lucy Barreto, "O Quatrilho", que também está disponível em vídeo, já foi visto por 850 mil pessoas em cinemas. Ela disse que a Pandora, distribuidora internacional do filme, considerou que a história poderia ser vivida em qualquer lugar do mundo, o que facilita a identificação do público com os personagens.
O filme conta a história de dois casais. A trama se passa no sul do Brasil com imigrantes de origem italiana, vividos por Patrícia Pillar, Glória Pires, Alexandre Paternost e Bruno Campos.
Autor do romance que deu origem ao filme, José Pozenato disse que não imaginou que sua história fizesse tanto sucesso.
"Desde o início, gostei do modo como o Fábio abordou a trama dos dois casais, mas sinceramente, fiquei surpreso", afirmou.
Pozenato prepara um novo livro, com a história dos personagens que aparecem já velhos em "O Quatrilho".

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