São Paulo, quarta-feira, 14 de fevereiro de 1996
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Outsiders destacam-se em ano atípico

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DE CINEMA

Quem não viu mal pode acreditar. O fato é que "Babe, o Porquinho Atrapalhado", notável produção australiana de Chris Noonan, chegou lá. Junto com "O Carteiro e o Poeta", de Michael Radford, e "Coração Valente", de Mel Gibson, forma a trinca indicada a melhor filme e direção de 1995.
Os outsiders dão o tom. "O Carteiro e o Poeta" é uma estranha co-produção França/Itália/Inglaterra sobre o poeta chileno Neruda. Seu ator, Massimo Troisi, foi indicado postumamente.
As surpresas continuam. O Brasil indica "O Quatrilho", de Fábio Barreto, entre os filmes estrangeiros. Aceno de uma Hollywood ávida por mudanças a um país cujo cinema começa a ressurgir.
O setor salada nacional prossegue em "Razão e Sensibilidade", de Ang Lee (Taiwan). Concorre a melhor filme, além de atriz e roteiro adaptado (a britânica Emma Thompson, nos dois casos).
Os "suspeitos de sempre" foram rifados, de Tom Hanks a Oliver Stone, Clint Eastwood e Martin Scorsese ("As Pontes de Madison" e "Casino" só emplacam suas atrizes), Woody Allen (só roteiro, por "Mighty Aphrodite").
Em troca, o modesto "Despedida em Las Vegas" concorre a melhor diretor (Mike Figgis), ator e atriz. "Os Últimos Passos de um Homem", de Tim Robbins, a diretor, ator e atriz.

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