São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 1996
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FHC terá R$ 4,2 mi de verba

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Com a aprovação do Orçamento deste ano, o gabinete da Presidência da República disporá de uma verba especificamente destinada a campanhas publicitárias.
É a primeira vez que isso acontece desde que o presidente Fernando Henrique Cardoso assumiu o cargo.
Serão R$ 4,2 milhões segundo prevê a proposta do Orçamento, ainda em discussão no Congresso.
E para que o presidente precisaria de dinheiro só dele para publicidade?
Lipel Custódio, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, diz que o presidente precisa se comunicar com o público e precisa saber o que o público pensa do seu governo.
Seria melhor, completa, que fizesse isso com ajuda de quem entende do que num "vôo cego".
O primeiro passo será promover, diz o assessor, já nas próximas semanas, uma licitação para contratar uma agência de comunicação.
A vencedora acompanharia de forma sistemática as variações da opinião pública e ajudaria a planejar e a orientar as campanhas, inclusive na escolha de seus públicos-alvo, segundo disse Custódio. O objetivo do governo é ter uma estratégia de comunicação de longo prazo.
O governo também pediu a dotação de recursos para alguns órgãos que, a primeira vista, não teriam motivo para receber dinheiro e investir em publicidade.
São os casos, por exemplo, da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear) e da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre.
Custódio explicou que algumas dessas entidades querem recursos para pagar editais ou anúncios de divulgação de eventos, como seminários.
Esse seria o caso do CNEN, que deve receber R$ 113,3 mil.
Já a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre quer R$ 520 mil para financiar uma campanha publicitária de incentivo ao uso dos transportes públicos.
Edson Arantes do Nascimento, Pelé, o ministro extraordinário dos Esportes, também receberá recursos para publicidade: R$ 990 mil.
(CGF)

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