São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 1996
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Gays e lésbicas criam associação

MARCELO CHERTO

Já existe uma IGLFA - International Gay and Lesbian Franchise Association (Associação Internacional de Franchising para Gays e Lésbicas), sediada no Arizona, Estados Unidos.
Nada mais natural. Afinal, os integrantes desses grupos têm um peso considerável na economia de certos países.
Alvos
Nos Estados Unidos, por exemplo, de acordo com Thomas Cutler, presidente da entidade, mais de 35% dos casais de gays e lésbicas se enquadram na categoria dos "financially qualified", definição adotada por muitos franqueadores.
Ou seja, mais de um terço dos casais tem condição financeira de adquirir uma franquia que implique investimentos de US$ 100 mil ou mais, sem depender de qualquer auxílio financeiro por parte do franqueador.
Isso torna os gays e lésbicas um dos alvos preferenciais para os franqueadores americanos.
Tanto que, segundo Cutler, muitos desses franqueadores vêm procurando a IGLFA pedindo dicas e informações a respeito da melhor forma de abordar os franqueados em potencial, integrantes da comunidade Gay & Lesbian.
Politicamente correto
Um dos objetivos da IGLFA é alterar o Código de Ética da Associação Internacional de Franchising, na parte que veda aos franqueadores a discriminação de candidatos a franqueados com base em diferenças de raça, cor, sexo ou religião.
A idéia é substituir a palavra "sexo" pela expressão "preferência sexual". Deste modo, o código ficará politicamente mais correto.
O presidente da IFA, Don DeBolt, diz que não se fará essa alteração imediatamente. Mas não descarta a possibilidade de torná-la realidade na próxima revisão do código, que talvez aconteça em 1997.

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