São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 1996
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Governo prepara campanha pró-reformas

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo prepara duas novas campanhas publicitárias: uma para defender as reformas constitucionais e a privatização de empresas estatais e outra vai comemorar o aniversário do Plano Real, em julho.
A primeira será financiada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Começará a ser veiculada até o fim de março e visa mostrar que as reformas e a privatização podem mudar a vida do cidadão.
Já estão prontas duas peças para jornal, duas para TV e uma para rádio. As agências responsáveis são a Contemporânea e a DPZ.
Segundo a assessoria do BNDES, as duas venceram licitação aberta pelo órgão. O custo da campanha não foi informado.
A decisão de se fazer a propaganda surgiu a partir de pesquisas de opinião encomendadas pelo Palácio do Planalto, que indicam que dois terços da sociedade não compreenderam os efeitos das reformas constitucionais -como a administrativa e a previdenciária.
Os anúncios publicitários também vão tratar de reformas da ordem econômica, como quebra do monopólio da Petrobrás e das telecomunicações. O projeto foi elaborado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência e pelo BNDES e vai abrir o programa de comunicação do governo em 96.
O governo federal vai dizer que as reformas abrem a perspectiva de aumento de investimentos e de geração de novos empregos, segundo o secretário de Comunicação Social e porta-voz da Presidência, Sergio Amaral.
O porta-voz também não informou o custo do empreendimento.
Plano Real
Apesar de o presidente Fernando Henrique já ter avaliado que o governo não pode sustentar sua aprovação popular apenas nos efeitos do Real, o plano volta a ser objeto de anúncios publicitários oficiais em 1996.
Ele também terá uma campanha própria, que será divulgada às vésperas de seu aniversário, em julho.
A Secretaria de Comunicação Social da Presidência está procurando unificar a linguagem da publicidade oficial junto aos diversos órgãos do governo que têm verba própria para tanto.
A secretaria também quer criar um padrão para a divulgação da imagem do país no exterior.
Empresas que têm anúncios publicitários em outros países, como o Banco do Brasil e a Embratur, passarão a veiculá-los com uma logomarca que identificará o país.
A Secretaria de Comunicação Social acredita que a inflação baixa e o programa de reformas do Brasil favorecem a divulgação da imagem do país no exterior.

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