São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 1996
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Ilustrada e Mundo mudam com reformas

DA REPORTAGEM LOCAL

Além das inovações gráficas e do aumento no uso de cor, a Folha trará, a partir do próximo domingo, mudanças no noticiário internacional e de cultura e entretenimento.
O caderno Ilustrada terá o seu horário de fechamento estendido do início da tarde para a noite.
Essa é uma das principais mudanças proporcionadas pela entrada em operação do novo Centro Tecnológico Gráfico-Folha.
Fechamento é o nome dado ao horário limite que a Redação tem para aprontar as páginas de um caderno, que são então enviadas para a impressão.
Com seu horário de fechamento estendido, a Ilustrada trará uma cobertura mais completa dos eventos do dia anterior.
"Hoje, fatos que acontecem ao longo do dia, como a visita de Michael Jackson ao Brasil ou o Hollywood Rock, acabam saindo em outro caderno, fora de contexto", afirma Luiz Caversan, diretor da Sucursal do Rio e editor-interino da Ilustrada.
Isso ocorre porque, com o aumento de circulação da Folha, cresceu o volume de jornal para ser impresso à noite.
Para que fosse possível imprimir esse maior volume de páginas, parte da impressão teve de ser adiantada para a tarde.
Com o CTG-F, a Folha terá mais rapidez na impressão, o que permitiu estender o horário de fechamento da Ilustrada.
"Poderemos fazer um jornalismo 'quente' sobre cultura, um tema relegado normalmente a uma condição 'fria' ", diz Caversan.
Segundo ele, a mudança implica que será possível não só registrar mais fatos na Ilustrada, mas também ter tempo para trabalhar melhor editorialmente esses fatos, contextualizando-os.
Caversan espera que seja possível ainda retomar uma prática antiga do jornalismo cultural que é a publicação da crítica de teatro no dia seguinte à estréia.
Ele destacou ainda a importância da cor assuntos como artes plásticas. "Muitas vezes publicamos fotos de quadros em preto e branco, descaracterizando-as."
O noticiário de Mundo também muda. Atendendo a uma solicitação frequente dos leitores, as notícias internacionais passam a ser publicadas no primeiro caderno do jornal, e não mais junto com o caderno Dinheiro.
"Com isso, os acontecimentos mundiais ganham mais destaque no jornal", afirma Andréa Fornes, editora de Exterior e Ciência.

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