São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 1996 |
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Deputados contestam dados de Stephanes VIVALDO DE SOUSA VIVALDO DE SOUSA; DENISE MADUEÑO
A previsão foi considerada fantasiosa pelo deputado José Anibal (SP), líder do PSDB. "Esses números são fantasiosos e não correspondem à realidade", disse o deputado, que marcou para hoje uma reunião com os técnicos do ministério para discutir o assunto. Questionado sobre os números, o ministro Reinhold Stephanes (Previdência) disse que "a dimensão dos números é essa mesma". O valor de R$ 1,054 bilhão é o que o Tesouro Nacional gastaria para continuar pagando as 2.769 aposentadorias e pensões atualmente em vigor no IPC. O valor foi capitalizado e diminuiria gradualmente ao longo de 40 anos. Em valores atuais, a despesa seria de R$ 522 milhões. Se os 114 parlamentares com direito a pedir aposentadoria (proporcional ou integral) o fizessem, haveria mais uma despesa de R$ 232 milhões nos dez anos seguintes. No caso de quem já recebe o benefício, não há como reduzir a despesa, porque o pagamento é um direito adquirido. No segundo caso, as pessoas já têm o direito a solicitar o benefício, mas poderiam optar por sacar sua contribuição após a extinção. O total das contribuições soma R$ 22,4 milhões. Anibal considerou a estimativa muito elevada. Segundo ele, a devolução dos recursos para toda a bancada do PSDB eleita em 1994 custaria menos de R$ 4 milhões. "Queremos saber o que significa o IPC", disse ele, que considerou irreais as estimativas do Ministério da Previdência Social. O estudo foi feito pela Secretaria de Previdência Complementar a pedido do deputado Euler Ribeiro (PMDB-AM), relator do assunto na Câmara. Com base nos dados do IPC, o estudo mostra que a devolução do dinheiro de quem contribuiu, mas ainda não tem direito a se aposentar, custaria R$ 57 milhões. Mesmo com o custo de R$ 1,054 bilhão, a extinção do IPC é considerada pelo governo como a melhor solução. Sua transformação em fundo de pensão, como defende Ribeiro, custaria mais para o Tesouro Nacional a médio e longo prazos, disse à Folha Stephanes. Texto Anterior: Patrimônio do IPC cresceu com faltas de parlamentares Próximo Texto: Procuradoria acusa ACM em processo Índice |
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