São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 1996
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Polícia apreende 106 compridos de ecstasy

ROBERTA DIAS
DA FOLHA NORDESTE

A Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes) de São Joaquim da Barra (380 km ao norte de SP) apreendeu anteontem 106 comprimidos de ecstasy com três pessoas. Segundo a polícia, a droga vale cerca de R$ 5.300.
Foi a primeira apreensão da droga no interior e a quarta no Estado de São Paulo. A maior já ocorrida foi em dezembro de 95, quando a polícia paulistana apreendeu 998 comprimidos com Christian Wolf.
O taxista Jaime Morais Júnior, 27, o eletricista Antônio Silvério Albano, 29, e o mecânico A.S.F.V., 16, foram detidos em flagrante em uma rua na região central da cidade.
A confirmação de que os comprimidos apreendidos eram de ecstasy só aconteceu ontem de madrugada, após a realização de exames em Ribeirão Preto (319 km de SP).
O ecstasy é uma mistura de estimulantes, principalmente anfetaminas, e substâncias alucinógenas criada em laboratório na Inglaterra em 1989.
A droga, segundo os acusados disseram à polícia, veio do Paraguai e seria vendida em casas de prostituição da cidade.
"Cada comprimido tem 2 cm de comprimento por 9 mm de espessura. Não têm marcas ou inscrições e a compactação é rústica", disse Hugo Anselmo Ravagnani, 34, delegado-titular da Dise.
Ravagnani disse que cada comprimido de ecstasy está sendo vendido a R$ 50,00 na capital. Ele acredita que esse preço estaria sendo cobrado também na região.
Morais Júnior já havia sido autuado por lesões corporais e brigas. Segundo a polícia, ele vendia a droga para frequentadores de casas de prostituição na região.
Ontem, dois investigadores pararam os acusados quando saíam da casa de Morais. A droga teria sido encontrada em um saco plástico no porta-luvas de um Fusca utilizado por eles.
Os acusados disseram à polícia que os comprimidos eram vitaminas utilizadas por fisiculturistas. Na delegacia, V. disse que os comprimidos eram seus.
O delegado autuou os três por tráfico de entorpecente e determinou a prisão de Morais Júnior e Albano na cadeia pública de São Joaquim. O menor está internado em uma cela especial da cadeia até que seja transferido para uma unidade da Febem.

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