São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 1996
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Polícia apresenta dois acusados por chacina em que seis morreram

DA REPORTAGEM LOCAL

A polícia apresentou ontem dois acusados pela chacina ocorrida no dia 3 de fevereiro, no Capão Redondo (zona sul da capital), em que houve seis mortos e um ferido.
O balconista Geraldo Soares Oliveira, 35, e o comerciante José Vicente da Silva, 45, teriam sido os autores do crime ao lado do comerciante José Luiz de Góis -foragido- e de um homem ainda identificado apenas pelo apelido.
Os supostos assassinos foram denunciados por dois telefonemas anônimos ao disque-denúncia. A polícia investiga se há um quinto envolvido.
Os dois presos negaram ontem ter participado da chacina, embora a polícia afirme que Geraldo Oliveira tenha confessado o crime ao prestar depoimento. À imprensa, Oliveira disse ser analfabeto.
O único sobrevivente, Marcelo Carvalho Alves, foi incapaz de identificar os acusados, por estar de costas no momento dos tiros.
Foi encontrado um revólver com Oliveira, mas o exame de balística para confirmar se foi usado no crime não foi finalizado.
Segundo o delegado Paulo Jesus de Souza Filho, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), a chacina deve ter acontecido por engano.
"No depoimento, Geraldo disse que foi chamado pelos amigos para matar 'uns ladrõezinhos'. Só que as vítimas não têm ficha criminal ou envolvimento com drogas", afirmou Souza Filho.
Os acusados podem pegar até 200 anos de prisão, mas a lei brasileira fixa em 30 anos a pena máxima a ser efetivamente cumprida.

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