São Paulo, quarta-feira, 28 de fevereiro de 1996
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Leia as íntegras dos discursos

Leia a íntegra do pronunciamento de Octavio Frias de Oliveira, publisher da Folha.

Meus amigos, não se assustem. Não vou fazer discurso. Quero apenas, em meu nome pessoal e de todos os companheiros da Folha, agradecer vivamente a presença de Vs., que, na verdade, são também nossos companheiros, na inauguração desta nova gráfica, que vai nos permitir levar em cores a milhões e milhões de leitores o talento e a reconhecida criatividade do publicitário brasileiro.
Estou certo de que nunca mais Vs. ouvirão da Folha: "com cor não dá para publicar".
Quero também registrar que neste novo parque gráfico há muito do esforço de Vs.. E conto que esse esforço conjunto persista para benefício de todos -de Vs., dos nossos anunciantes, dos nossos leitores e da própria Folha, que, com minha sucessão já totalmente estruturada, felizmente dentro da maior harmonia, está nas melhores condições de se manter como bom parceiro nessa conjunção de esforços.
Muito obrigado a todos.

A seguir, a íntegra do discurso de Luís Frias, presidente da Empresa Folha da Manhã S.A.

Senhoras e senhores, é um grande prazer recebê-los na nova gráfica da Folha. Poder celebrar o dia de hoje com nossos amigos e companheiros do mercado publicitário é um privilégio.
A Folha coloca em operação, a partir da edição do próximo domingo, um dos maiores e mais modernos parques gráficos do mundo.
A nova gráfica permitirá que a edição da Folha na Grande São Paulo -800 mil exemplares aos domingos- passe a ter cor em 75% de suas páginas e a partir de agosto deste ano na totalidade delas. Nesse mesmo mês, a edição nacional -750 mil exemplares aos domingos- passará a ter três quartos de suas páginas coloridas. A Folha será o primeiro grande jornal do mundo a ingressar na era da cor total.
O aumento na capacidade produtiva é tão significativo que a Ilustrada, por exemplo, que atualmente fecha às 12h30 (ainda bem que esta cerimônia não é assunto para a Ilustrada), passará a fechar com a primeira página do jornal.
Os números que envolvem esse projeto são tão expressivos que a pergunta possivelmente recorrente na mente das pessoas que nos têm visitado seja se não houve exagero, se não se investiu demais em uma mídia e processo que estão sob o ataque crescente de novas mídias e processos digitais. Na linguagem do pesquisador Negroponte, se não investimos demais em átomos quando deveríamos estar investindo em bits.
A resposta é um tranquilizante não, pois o aumento de capacidade corresponde a um equivalente aumento da demanda. Tal era nossa limitação na capacidade produtiva, devido ao crescimento acentuado da tiragem do jornal, que o caderno Mais! de domingo, por exemplo, fechava na noite de terça-feira.
Tivemos a dolorosa tarefa de negar espaço e posições de cor para nossos anunciantes. Aos senhores aqui presentes que passaram por tais situações, as minhas sinceras desculpas e a certeza de que o problema está solucionado.
Outro dado talvez mais tranquilizador seja o fato de que 75% do investimento total aqui feito já está pago -número invejável mesmo no mercado americano, onde a praxe é ter 10% do investimento pago no início da operação e 90% financiado em até oito anos.
Por outro lado, é importante frisar que a revolução digital interessa profundamente ao Grupo Folha. Temos despendido muito esforço e trabalho para entendê-la e pesquisado exaustivamente os melhores caminhos para trazê-la ao mercado brasileiro. Novos produtos que estaremos lançando até o fim deste ano e início do próximo deverão demonstrar esse empenho.
Achamos, contudo, fundamental fortalecer nossas atuais operações competitivamente a longo prazo, para que elas, melhor equipadas que a concorrência, possam ser o esteio de nossa diversificação. É essa a principal razão do pesado investimento aqui realizado.
Temos consciência de que não adiantaria diversificar e crescer relegando as atuais operações a um segundo plano. Ao contrário, é preciso fortalecê-las como centros geradores de caixa.
Outra certeza que também temos é que nada disso poderia ter acontecido sem a existência de um mercado publicitário competente e vigoroso como o brasileiro.
Se hoje o país pode orgulhar-se de possuir uma TV, uma revista e um jornal que figuram entre os maiores do mundo, esses veículos não teriam alcançado tal posição de destaque se não tivessem, na propaganda por eles veiculada, uma das melhores do mundo.
Com o objetivo permanente de criar produtos líderes de qualidade, o Grupo Folha espera estreitar cada vez mais sua parceria com o mercado publicitário e assim melhor servir aos seus anunciantes. Muito obrigado.

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