São Paulo, terça-feira, 5 de março de 1996 |
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Esquerda tenta "canonizar" Diolinda no Dia da Mulher
GEORGE ALONSO
Diolinda está encarcerada há 40 dias no Pontal do Paranapanema (extremo oeste do Estado), assim como outras três lideranças do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que tiveram prisão preventiva decretada, sob as acusações de formação de quadrilha e ameaça à ordem pública. Dois outros líderes do MST (Rainha e Márcio Barreto) estão foragidos. Três pedidos de habeas corpus para os seis sem-terra ainda não foram julgados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O MST e várias entidades ligadas à defesa dos direitos da mulher consideram as prisões "políticas" e preparam o ato. Será uma caminhada silenciosa do Teatro Municipal ao Tribunal de Justiça. As mulheres deverão ir vestidas de preto. A própria Diolinda deu sinal verde à sua "canonização", ao escrever, sexta-feira passada, bilhete aos "caros companheiros" do MST. Nesse dia, ela recebeu a a visita do líder petista Luiz Inácio Lula da Silva no presídio, onde ela já fez greve de fome. No bilhete, citou o dia 8 duas vezes. Em um trecho diz: "É o dia em que nós mulheres erguemos uma bandeira". Em outro, manifesta o seu cansaço: "Espero que, antes do 8 de março, esteja aí fora com todas vocês". Texto Anterior: Itesp dá início a cursos para assentados em 11 cidades Próximo Texto: Hidrelétrica alagará 10% de reserva Índice |
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