São Paulo, terça-feira, 5 de março de 1996
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Verba do pacote de incentivo ao álcool será superior a R$ 4,5 bi

MÁRCIO DE MORAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O pacote do álcool, que será anunciado nos próximos dias pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, deverá centralizar recursos superiores a R$ 4,5 bilhões, incluindo investimentos no setor sucroalcooleiro.
A "conta álcool", administrada pela Petrobrás, deixa de existir. Vai se tranformar num fundo de subsídio ao Proálcool. A conta consome até R$ 1,4 bilhão por ano para manter o preço do combustível mais baixo que o da gasolina.
O pacote prevê também a destinação de R$ 1,12 bilhão para formação dos estoques estratégicos, suficientes para abastecer o país durante dois meses, disse o deputado Hélio Rosa (PMDB-SP), coordenador da Frente Parlamentar Sucroalcooleira.
O pacote se completa com um encontro de contas, proposto pelo usineiros, que irá reduzir a dívida de R$ 4,4 bilhões do setor com o Banco do Brasil em R$ 2 bilhões.
O setor reclama que esse valor se deve ao não-cumprimento, pelo governo, de acordo que previa a fixação de preços reais para o álcool combustível conforme índice setorial da Fundação Getúlio Vargas.
Este acordo foi feito entre usineiros e o ex-ministro Maílson da Nóbrega (Fazenda) no final do governo Sarney, em 1989.
Além de subsidiar o Proálcool, o novo Fundo do Álcool se destinará às pesquisas na cultura da cana-de-açúcar, ao desenvolvimento de programas de produtividade e de tecnologias automotivas que reduzam a emissão de poluentes.
O Fundo do Álcool se constituirá de recursos provenientes do imposto ecológico sobre a gasolina, que será proposto ao Congresso.
Com a liberação do preço dos combustíveis, acaba o sistema de subsídio concedido por meio do frete, criado na década de 70 para unificar os valores dos combustíveis em todo o país.

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