São Paulo, terça-feira, 5 de março de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Paulinho ameaça desistir do acordo temporário Governo se nega a reduzir contribuições ao INSS; Força reage SHIRLEY EMERICK
"Acho que o contrato foi por água abaixo. Estou bastante pessimista", afirmou. A posição de Paulinho foi anunciada ontem à Folha depois de uma conversa com o ministro Paulo Paiva (Trabalho). O ministro explicou que será difícil reduzir a contribuição por causa dos benefícios pagos pela Previdência. "Se mantiver o encargo previdenciário intacto, não vai ter atrativo nenhum para a criação de emprego", afirmou. O sindicalista da Força Sindical é responsável pela proposta de redução de alguns encargos para incentivar o emprego. No contrato assinado no mês passado com oito sindicatos patronais ligados à Fiesp, Paulinho propôs a redução da contribuição das empresas ao INSS, que hoje pagam entre 20% e 22%, para uma alíquota menor, entre 8% e 11%. O acordo foi considerado ilegal. O ministro da Previdência, Reinold Stephanes, é contra mexer nessas alíquotas. As empresas respondem hoje por 77% da receita do INSS com a contribuição previdenciária (R$ 1,5 bilhão por mês). Pelo acordo, as empresas estariam também isentas do pagamento do salário-educação, Sebrae e Incra. Esta isenção renderia uma economia de 5,72% sobre a folha de pagamento para a empresa. Segundo o sindicalista, o governo quer apenas a redução do Sistema S (Sesi, Senai, Senac, Sesc, Senat, Senar e Sebrae). "Se tirar os 's' vamos ter um problema sério. O empresariado não vai querer." Texto Anterior: O Econômico quer álibi Próximo Texto: Durval Silvério vai substituir Tápias Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |