São Paulo, terça-feira, 5 de março de 1996
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TRÂNSITO INFERNAL

Reclamar do trânsito em São Paulo já é uma rotina. Aparentemente é apenas o prefeito Paulo Maluf que gosta de engarrafamentos, já que ele considera sinal de progresso.
Para a maioria dos cidadãos, porém, congestionamento é sinônimo de dor de cabeça, estresse e muita, muita perda de tempo. Investir em vias públicas é por certo necessário, mas a cidade já não dispõe de espaço físico para competir com as centenas de milhares de novos veículos despejados a cada ano pela indústria automobilística nacional.
A única solução, portanto, é criar um sistema de transporte de boa qualidade que leve o paulistano a preferir deixar seu carro em casa.
Com menos carros nas ruas, o tempo gasto no trânsito também deve diminuir. Existem aí também vantagens na área de saúde pública, pois a poluição e o próprio número de acidentes automobilísticos tenderiam igualmente a diminuir.
E é preciso planejar um sistema de transporte coletivo eficiente e rapidamente implementá-lo. Seria interessante também prestar atenção à questão ambiental e valorizar meios não-poluentes, como os movidos por energia elétrica. E é preciso agir rápido. Antes que as pessoas passem mais tempo em seus carros do que no trabalho ou em casa.

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