São Paulo, sexta-feira, 22 de março de 1996 |
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Vale Verde merece uma fuga da cidade
JOSIMAR MELO
O restaurante fica em Arujá, à beira da estrada Mogi-Dutra (o melhor acesso é pela rodovia Ayrton Senna, ex-Trabalhadores). Está dentro da fazenda de Mário Francisco Alves, 48, que depois de trabalhar com restaurantes em São Paulo, resolveu refugiar-se em suas terras longe do barulho. A mudança se deu em 1991. Na propriedade de 60 alqueires, Mário começou plantando hortaliças e legumes, até abrir um pequeno restaurante logo na entrada da fazenda, numa varanda com poucas mesas. Hoje as mesas abrigam 140 pessoas, além do bar para mais 60. Visitar a Fazenda Vale Verde é uma oportunidade de comer um pouco da cozinha interiorana do São Paulo antigo. Um feijãozinho grosso, farofa, nacos de leitoa frita, muitas opções de assados. As carnes não são preparadas na grelha, à moda gaúcha, mas sim no forno, como faziam os paulistas, mas elétrico, e não à lenha. Dele saem carnes como a picanha, o filé, o contrafilé, a costela; ou lombinho de porco e um carneiro um pouco ressecado. Tudo devidamente acompanhado de farofas, arroz, além de saladas, cuscuz e pastéis como petisco. Às sextas, acrescente-se uma fieira de frutos do mar; e aos sábados, a feijoada cozida em panela de ferro. Talvez seja autêntico, mas é pena ver que as carnes costumam assar mais do que deviam. Mas tem as cachacinhas servidas à farta logo na entrada; a vista bucólica para todos os lados; os seis alqueires de mata com picada, ideal para uma caminhada. Vale o passeio. Texto Anterior: Ecletismo do saxofonista Gary Brown diverte no Bourbon Street Próximo Texto: Europa 1; Europa 2; Europa 3; Árabe Índice |
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