São Paulo, sábado, 23 de março de 1996
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PF do Rio abre primeiro inquérito policial

DA SUCURSAL DO RIO

A Polícia Federal abriu ontem o primeiro inquérito policial sobre supostos créditos fictícios do Banco Nacional. A PF vai investigar a notícia-crime do BC (Banco Central) contra o banco. O delegado Paulo Lacerda foi nomeado responsável pelas investigações.
O BC suspeita que o Nacional possa ter feito fraudes com créditos fictícios para maquiar os balanços do banco com o objetivo de que eles apresentassem lucro.
Lacerda foi indicado para presidir o inquérito pelo superintendente-geral da Polícia Federal em Brasília, Vicente Chelotti, a pedido do Procurador Geral da República, Geraldo Brindeiro.
Com o procurador
Lacerda esteve anteontem na Procuradoria da República no Rio conversando com o procurador Alex Miranda. Segundo Miranda, eles trataram de investigações feitas pelo delegado sobre o Interbanco, braço do Nacional no Paraguai.
Lacerda já recebeu 30 pacotes de documentos do Banco Central, por intermédio da Polícia Federal em Brasília, e começou ontem a ler os documentos.
Ele só pretende marcar depoimentos quando completar a leitura de toda a papelada.
Depoimento
Em seu depoimento na 13ª Vara, Sant'Anna disse que na época das conversões da dívida (1988) era diretor de Contabilidade, mas quando o BC começou a desconfiar das transações (1994) já era vice-presidente de Controladoria.
Seu trabalho, afirmou, era consolidar os diversos balanços que vinham de áreas específicas. Um desses balanços era da área do comércio exterior.
Ele disse ainda que não se lembrava quem era o vice-presidente de Comércio Exterior do Banco Nacional, à época.
Afirmou que o outro réu no processo, Paulo Afonso Mesquita, era um entre muitos gerentes da área de comércio exterior.
O vice-presidente de Comércio Exterior na época da investigação da não-declaração de comissões em conversões informais da dívida era José Carlos Pessanha de Lima.

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