São Paulo, sábado, 23 de março de 1996
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Federação da CUT prepara greve

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Federação dos Metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo já está orientando os sindicatos da categoria a preparar greve nas empresas de máquinas e eletroeletrônicos, diz Paulo Sérgio, presidente.
"Os empresários desses setores estão apresentando, nas negociações, uma posição sectária e atrasada. Não discutem nossas reivindicações e só querem cortar direitos. Acho que a greve será inevitável", afirma Paulo Sérgio.
Ontem, no segundo dia de negociação da CUT com o grupo 19-3 da Fiesp (reúne os setores de máquinas e eletroeletrônicos), os empresários defenderam propostas.
Eles querem a possibilidade de redução de jornada de trabalho com proporcional corte nos salários na época de baixa da produção, a possibilidade de contratar 10% do contingente das empresas por tempo determinado, flexibilização da jornada de trabalho entre 36 horas e 50 horas semanais e a não-realização de greves durante as negociações.
"No dia 29 vamos apresentar nossa proposta de reajuste salarial", disse Ariovaldo Lunardi, coordenador do grupo 19-3.
Os 80 mil metalúrgicos da base da CUT empregados pelos setores de máquinas e eletroeletrônicos têm data-base em abril.
Eles rejeitam as propostas patronais e pedem redução da jornada de trabalho semanal de 44 horas para 40 horas, reajuste de 5,64% e aumento real (acima da inflação) de 10%. Os pleitos da CUT foram considerados "inviáveis" por Ariovaldo Lunardi.

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