São Paulo, segunda-feira, 25 de março de 1996
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Mercado editorial aposta em novos títulos para 96

CÉLIA GOUVÊA FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

O crescimento estimado em 46% no faturamento total das revistas no Brasil no ano passado está estimulando as editoras a investirem em novos títulos.
Um nicho que está atraindo os investimentos é o das revistas femininas. Dados da Aner (a associação que reúne as editoras de revistas) mostram que 54% dos leitores de revistas são mulheres.
No ano passado, cerca de 77 milhões de revistas destinadas ao público feminino foram vendidas no país, um total que só perde para as revistas semanais de informação geral (com 107 milhões de exemplares).
Uma das empresas que está lançando novos títulos é a editora Símbolo, com investimentos da ordem de US$ 1 milhão.
Criada em 1987, a Símbolo publicou durante anos apenas uma revista a "Corpo a Corpo" (que vende hoje entre 120 mil a 130 mil por mês, segundo o Instituto de Verificação de Circulação, o IVC).
Planos ambiciosos
Há dois anos, foi lançada a revista "Atrevida" para concorrer com a "Capricho" da Editora Abril no mercado de adolescentes.
Atualmente, as vendas da "Atrevida" ficam entre 250 mil a 260 mil a cada edição. Os planos para este ano da Símbolo são ambiciosos: serão lançados três títulos.
O primeiro é "Barbara", que começa a circular nesta semana, como uma "'Claudia' para mulheres de mais de 40 anos", segundo Joana Woo, acionista da Símbolo.
A tiragem inicial é de 170 mil exemplares, mas Joana acha possível vender 300 mil em um ano.
O segundo lançamento já está definido: uma revista voltada para os negros, batizada de "Raça Brasil".
A Editora Abril também está preparando lançamentos editorias para este ano. As publicações receberão investimentos de cerca de R$ 40 milhões, segundo Roberto Civita, presidente do grupo, que prefere não detalhar as novas iniciativas.
Dados da Aner mostram que na lista das dez revistas mais vendidas no Brasil, sete eram da Abril, ao longo do ano passado.
(CGF)

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