São Paulo, segunda-feira, 25 de março de 1996
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Nem o Ajax

JUCA KFOURI

Se jogasse completo o Santos já teria poucas chances. Com apenas três titulares em campo, mesmo na Vila Belmiro, era impossível. E o primeiro tempo só não acabou 6 a 1 porque Deus não quis.
Do Palmeiras já se disse tudo, mas o time do Palmeiras parece que ainda não mostrou tudo. A cada jogo a orquestra fica mais afinada e amplia seu repertório com jogadas capazes de enlouquecer qualquer adversário.
Nem o futebol de pé em pé que o Ajax é capaz de jogar seria suficiente para fazer frente ao encantamento da bola alviverde neste momento.
Um esquadrão para entrar na história e que merecia estar jogando em gramados e não em pastos. E em competições mais nobres que um simples campeonato estadual.
Pensando bem, 6 a 0 foi pouco. Muito pouco.
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A sorte da Portuguesa mudou. Agora, lances duvidosos são decididos a seu favor, embora, de fato, Tiba tenha levado um leve empurrão do goleiro Alex, do Novorizontino, no lance que redundou no pênalti da abertura de contagem.
O azar da Portuguesa continua. Agora, em vez do Santos de Pelé, como em 1973; do São Paulo de Valdir Peres, em 1975, ou do Corinthians de Bernardo no ano passado, existe um Palmeiras de Velloso a Rivaldo, imbatível.
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Que a vontade de Marcelinho e Edmundo em jogar até contra o Juventus não vire desculpa na sexta-feira diante da Universidade Católica.
Porque se o problema de Marcelinho, por exemplo, é disputar a artilharia com Luizão, certamente ele também pedirá para jogar na quarta-feira, contra o Mogi Mirim.
E a estafa inevitável aumentará a distância entre a América do Sul e Tóquio.
Mas ser artilheiro do Paulistão é mais importante que pegar, quem sabe, o Ajax, numa decisão que o maior rival do Corinthians -o Palmeiras- adoraria poder disputar.
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"Trabalho não mata. O que mata é a raiva", sempre diz o ministro Adib Jatene, cardiologista de primeiro time. E é a raiva com tanta coisa errada em nosso futebol a principal responsável pelo entupimento do coração de Telê Santana.
Na Europa ele trabalharia até os 100 anos.
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"O Quatrilho" em Los Angeles, terra do tetra...

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