São Paulo, segunda-feira, 25 de março de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Favelas da cidade abrigam 20 mil famílias
DENISE CHRISPIM MARIN
Essa gente vive nos barracos das dez favelas catalogadas pela Igreja Católica. Há outras seis "villas miserias" na capital e outros bolsões de pobreza em distritos como San Isidro, tradicionalmente ocupados pela classe alta. Segundo o padre Ernesto Narcisi, 35, o desemprego atinge a maioria dos chefes de família nas favelas. Narcisi vive há oito anos na favela de Bajo Flores, a maior da cidade, a 4,5 km da Casa Rosada, sede do governo argentino. Ele trata os 24,5 mil moradores como "vizinhos". Ali, 70% das pessoas estão sem emprego. O que resta para esses trabalhadores é a coleta de papéis e jornais -tarefa proibida por lei. Segundo Narcisi, em meados dos anos 70, o governo militar pôs em prática uma política de desalojamento da população das favelas de Buenos Aires. As "villas miserias" praticamente desapareceram. Retornaram na metade dos anos 80, habitadas principalmente por imigrantes das Províncias argentinas e de países fronteiriços. (DCM) Texto Anterior: Miséria afeta 15% dos argentinos Próximo Texto: Crise lança igreja contra Menem Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |