São Paulo, segunda-feira, 25 de março de 1996
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Classe média é sacrificada pela política econômica

DENISE CHRISPIM MARIN
DE BUENOS AIRES

A classe média argentina foi muito sacrificada nos últimos dois anos pela política econômica -principalmente a mais baixa.
A recessão de 1995 e o aumento de desemprego causaram queda no poder aquisitivo e alteração no padrão de consumo dessa classe, a "pobreza porta adentro".
Em 1974, a classe média argentina dispunha de 16,7% do total de ingressos de renda do país. Em 95, sua fatia diminuiu para 13,5%.
A classe média baixa abriga 20% da população do país -6,3 milhões. Essa parcela, formada basicamente por professores e funcionários de órgãos públicos e de estatais, foi o alvo de achatamento nos salários e das listas de demissão.
A classe média alta também teve perdas. Boa parte das indústrias cortou benefícios de executivos, diminuiu salários ou demitiu.
A perda do poder aquisitivo da classe média pode ser observada nas escolas privadas do país. Cerca de cem delas fecharam suas portas em 1995, e 50 mil alunos deixaram as que continuaram abertas.
Segundo o presidente da Coordenadoria de Institutos de Educação Privada, Carlos Galli, as matrículas para 1996 caíram 20%.
(DCM)

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