São Paulo, segunda-feira, 25 de março de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Barbados é ponto de encontro dos jovens
RODRIGO VERGARA
Desde janeiro, uma linha direta semanal entre sua capital, Bridgetown, e São Paulo, fez da ilha ponto obrigatório para quem visita a parte leste do arquipélago. Ao contrário de ser um problema, a necessidade de passar pela ilha -que tem alguns dos melhores indicadores econômicos e sociais do mundo- tem de ser aproveitada ao máximo. Dois lados A leste, sobre a água ligeiramente mais fria que do lado ocidental -24 contra 25 graus do lado oriental-, é comum a presença de praticantes de windsurfe. A ilha, aliás, é "point" internacional do esporte, com dois dos cerca de 40 clubes Mistral espalhados pelo mundo. Famosos internacionalmente, os clubes recebem equipamentos de último tipo da marca Mistral e alugam o material. Dão ainda cursos básicos e avançados do esporte. A vegetação é árida, marcada por um tipo de arbusto que nasce ao final da faixa de areia, responsável pelo nome da ilha. O clima árido, por outro lado, produz também menores preços. Com praias mais inóspitas, a costa leste tem hotéis mais baratos, alguns com boa infra-estrutura. Exemplo disso é o Sam Lord's Resort, localizado à beira da praia. Na alta estação, as diárias giram em torno de US$ 260. O hotel dispõe de duas piscinas, dois restaurantes e enorme área de lazer. No lado oeste, as praias calmas e de águas mornas elevam as tarifas a até US$ 1.695, preço da diária no Sandy Lane, na alta temporada -entre dezembro e março. Transporte A melhor opção para se locomover pela ilha, caso o turista pretenda permanecer mais de três dias, é alugar um carro. Um Moke, híbrido de carrinho de golfe, jipe e buggy, sai por US$ 250 a semana. A gasolina custa US$ 0,70. Os táxis são caros, e os pontos turísticos estão espalhados por toda a ilha. Uma dos lugares mais conhecidos é a Harrison's Cave, formação rochosa de calcário. O tour pelo interior da caverna é feito em um trenzinho. As formações estão iluminadas por spots com filtros coloridos. O efeito é bonito, mas nada natural. Vida noturna A costa oeste reúne toda a programação noturna de Barbados. Embora a ilha e a população sejam pequenas, há boas opções, todas voltadas ao público jovem. Quem quiser conhecer a diversão típica dos jovens, deve visitar os bailes realizados nos fins-de-semana no maior mercado de peixe da ilha, o Oistins Fish Market. Durante o dia, de segunda a segunda, o Oistins é o maior posto de comércio de pesca de Barbados. No fim-de-semana, a partir das 17h, os pescadores dividem espaço com jovens de toda a ilha, principalmente da capital, Bridgetown. A festa resume-se a uma "pista de dança" improvisada em uma sala pequena e um bar onde é vendida cerveja. A música é um misto de reggae e calipso com rap. Um pouco mais ao norte as opções incluem a participação de turistas, coisa pouco comum no Oistins. Lá estão o Ship Inn, um bar que oferece um show diferente a cada dia da semana, e o Boatyard, erguido à beira da praia. Se no Oistins não há hostilidade, somente uma estranheza para com o turista, no Boatyard e no Ship Inn os forasteiros são bem-vindos. É notória a precaução e a timidez das jovens barbadianas. Assim, não são muitas as bajans em bailes e festas. Os rapazes, ao contrário, abordam as turistas em qualquer situação e sem cerimônia. (RV) Texto Anterior: "Veleiro tem vontade própria" Próximo Texto: Granada estilhaça a solidão Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |