São Paulo, sexta-feira, 29 de março de 1996 |
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Eletros quer evitar queda no imposto de importação
FÁTIMA FERNANDES
Roberto Macedo, presidente da Eletros, passou o dia de ontem tentando convencer o governo de que o corte das alíquotas desestimula a indústria eletroeletrônica a investir e a crescer no país. A Eletros teve acesso aos novos impostos de importação que provavelmente entram em vigor no dia 1º de abril e não gostou. Linha Branca Para a linha branca (geladeiras, freezers, lavadoras etc), a queda é de 62% para 30%. Em 1997, reduz mais ainda para 25% e, em 1998, para 20%. Ainda para esta linha de produtos, a informação que chegou para a Eletros é que a alíquota poderia também cair ano a ano -a partir de 30% em 96- dois pontos percentuais, até chegar a 20% no ano 2001. No caso dos produtos de áudio e vídeo, segundo a Eletros, o governo quer cortar de 62% para 35% a alíquota de importação a partir de segunda-feira. Depois disso, planeja reduzir três pontos percentuais por ano, até chegar a 20% no ano 2001. "Para a linha branca reivindicamos imposto de importação próximo de 35%. Mas queríamos que ela fosse permanente", diz Macedo. No caso dos produtos de áudio e vídeo, continua ele, nós gostaríamos que a alíquota chegasse a 35% só ano ano 2001." Para ele, uma alíquota de 20% "não protege nada". Eficiência Manoel Horácio Francisco da Silva, diretor-presidente da Sharp, diz que a redução da alíquota de importação tem que ser gradual. Acha, porém, que esse corte é importante para tornar a indústria nacional mais eficiente. Na sua análise, o governo só vai ter sucesso no seu programa de segurar a inflação se provocar um choque de oferta -ou seja financiar investimentos na produção. Texto Anterior: Receita prorroga prazo para pedir PIS/Cofins; Governo suspende a cobrança do ITR; Acordo pode gerar até 20 mil empregos em SP Próximo Texto: Gradiente diz que vai para Hong Kong Índice |
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