São Paulo, sexta-feira, 29 de março de 1996 |
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Família de Senna ignora as revelações da Williams
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
Em entrevista concedida à publicação inglesa, Head confirmou que houve uma ruptura na barra de direção do carro do piloto brasileiro, que resultou em sua morte durante o Grande Prêmio de San Marino, em maio de 94. Head atribui a falha, que já havia sido detectada no inquérito que a Justiça italiana move sobre o caso, a uma "fatalidade". Comparou a uma fadiga de material de um componente de avião. "Era algo além do nosso controle", disse. Outra versão corrente na mídia, a de que a ruptura aconteceu em um ponto do dispositivo submetido a solda, foi rebatida por Head. "A ruptura aconteceu em um trecho usinado. A parte soldada estava intacta". Segundo ele, a reforma na barra teria sido feita antes do início da temporada. "Andrew Newey (projetista do time) teve que colocar todo o conjunto de direção e painel mais à frente a pedido dos pilotos. Não foi uma mudança de última hora", disse Head. Para comprovar o fato, Head afirmou que a mesma peça foi utilizada no carro que Senna correu no GP anterior ao disputado em Imola, o do Pacífico, no Japão. "Por causa da batida com o Nicola Larini (que fez o brasileiro abandonar a prova logo em seu início), fizemos uma checagem completa em todas as peças. A barra não tinha nenhuma fissura. Por isso a recolocamos no carro". Celso Lemos, diretor da Ayrton Senna Promoções, holding que controla as empresas da família do tricampeão mundial, afirmou ontem em São Paulo que o assunto nem foi discutido. "Nada trará Ayrton de volta. Portanto, nada disso é relevante. A família não tomou e não tomará nenhuma medida legal contra ninguém. Nunca", declarou. Segundo Lemos, Milton Senna, pai de Ayrton, desde a morte do filho, faz questão de ignorar qualquer notícia que se refira ao acidente. (JHM) Texto Anterior: Grupo Senna apóia Prost Próximo Texto: Schumacher acredita em evolução de sua Ferrari Índice |
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