São Paulo, sábado, 30 de março de 1996
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250 devem continuar na região

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário das Administrações Regionais, Arthur Alves Pinto, disse que apenas 250 camelôs devem permanecer no centro velho após a reorganização das barracas.
A estimativa da prefeitura é de que atualmente haja na região cerca de 2.000 camelôs. Para o sindicato dos ambulantes, são 800.
Os camelôs que participaram da passeata ontem afirmam que não vão sair de seus pontos.
"Amanhã (hoje), monto minha barraca de qualquer jeito. Se for preciso, me instalo até em cima da viatura", disse Enedina Maria da Silva. Ela é deficiente física e vende "roupas esportivas" na 15 de Novembro há três anos.
Na madrugada de quinta-feira, durante a blitz, ela se sentou sobre a barraca para impedir a ação dos fiscais, e só cedeu após ser convencida pelo administrador regional da Sé, Victor David.
No início da noite de ontem, Enedina e um grupo de camelôs discutiram com o inspetor Carlos Eduardo Padilha, que comanda a ação da Guarda Civil Metropolitana no centro velho.
"Se vocês montarem as barracas, vamos ser obrigados a retirar de novo", disse Padilha.
Segundo o secretário Alves Pinto, só na segunda-feira a situação dos ambulantes no centro velho estará resolvida.
Ele disse que a demarcação dos pontos será feita durante o fim-de-semana.
A distância entre as barracas será de 10 m. Dois terços das vagas serão reservados para deficientes físicos e pessoas com mais de 60 anos.
O que sobrar será dividido entre os camelôs que comprovarem que têm ou já tiveram licença.

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