São Paulo, domingo, 31 de março de 1996 |
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Banho de chuveiro antecede o abate
DO ENVIADO ESPECIAL A BAURU Descanso de 24 horas para se restabelecer do estresse da viagem e banho de chuveiro no gado com água clorada fazem parte do cotidiano de um matadouro modelo.O descanso hidrata o animal e o banho mata bactérias que poderiam contaminar o local de abate. Em frigoríficos sob inspeção federal, como o Mondelli, de Bauru (a 345 km de São Paulo), até a morte do animal é diferente. Não se usa marreta porque ela destrói o crânio. Emprega-se um dardo elétrico, que perfura a cabeça. Só se entra na área em que o animal é esfolado de botas de plástico, calça e jaleco -tudo branco. A cada operação, as facas são esterilizadas com água a temperaturas acima de 82,5°C. As portas são sempre duplas, para evitar contaminações do ambiente externo. Cabeça e carcaça recebem um número da inspeção -se um deles apresentar alguma doença, o outro é facilmente recuperado. Nem caixa de papelão pode entrar na área do abatedouro. O pó do papelão pode sujar a carne. Antes da desossa, a carcaça do gado tem de ser resfriada entre 2°C e 7°C por 24 horas -isso evita a proliferação de bactérias. Cada seção tem uma torneira numerada. É de onde os técnicos da inspeção coletam água uma vez por mês para análise. Texto Anterior: Paraná tem incidência alta de cisticercose Próximo Texto: Estrada vira ponto de prostituição gay Índice |
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