São Paulo, domingo, 31 de março de 1996 |
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'Oficial' vira mania entre empresas que apóiam o GP Produtos e serviços relacionados à prova apelam ao marketing JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
A estabilidade econômica e o câmbio do real em relação ao dólar parecem ter atraído empresas de diversos ramos, principalmente as multinacionais cujas matrizes estão envolvidas com a F-1, em direção à corrida deste domingo. Tudo é "oficial" em Interlagos. O patrocinador, a comida, o serviço médico, o hospital, os veículos de serviço, o refrigerante, a lanchonete, o telefone celular. Até a máquina de sorvete importada da Itália que refresca os convidados nos paddocks é "oficial". Teve os que exageraram. Como o colégio, não-"oficial", instalado nas proximidades do autódromo, que informou a mídia sobre o cancelamento das aulas na última sexta-feira com a infeliz explicação: "Alunos fazem parada nos boxes". Outra tentativa de pirataria partiu de um restaurante concorrente ao seu equivalente "oficial". Contratou um conhecido artista plástico para desenhar um carro de F-1 divido em partes nobres, como os didáticos desenhos de boi dos compêndios culinários. Na área hospitalar também houve conflito. Um dos três hospitais apontados em cartazes nos boxes, para onde eventuais feridos devem ser removidos, se apoderou da designação. Elegantemente, os outros dois não se manifestaram. A agência de publicidade contratada para promover a 25ª edição da corrida resolveu incorporar a tendência. E estampou no guia "oficial" uma página de anúncio próprio, lembrando que era a agência "oficial". E Bernie Ecclestone ainda afirma que a prova não é lucrativa. (JHM) Texto Anterior: Patrocínio na Indy é mais barato que na Fórmula 1 Próximo Texto: Carro de papel também ganha patrocínio Índice |
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