São Paulo, segunda-feira, 1 de abril de 1996
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Loja em SP exige exames

DA REPORTAGEM LOCAL

Para evitar comprar vinhos adulterados sem saber, uma loja de São Paulo, a Domaine Sainte-Marie, toda vez que vai comprar o produto de um novo fabricante realiza testes laboratoriais.
Os vinhos "chaptalisés", com adição de açúcar para aumentar o teor alcoólico, não estão exatamente desrespeitando a legislação francesa, mas mudando as características do produto. Portanto, o desrespeito é com o consumidor, caso ele não seja avisado.
O gerente da Domaine Sainte-Marie, Alexandre Santucci, conta que existem pelo menos 4.000 produtores de vinhos só na França e que uma adulteração não é impossível.
Ainda assim, segundo ele, é costume os produtores avisarem quando determinadas safras são "chaptalisés". "Já os bons produtores jogam fora a safra e não fazem o vinho quando a uva não atinge o ponto ideal", diz Santucci.
Entre os 48 vinhos analisados na França, a Domaine Sainte-Marie comercializa apenas o Château-de-la-tour 93, considerado pela pesquisa um vinho em conformidade com a legislação francesa. O preço: R$ 216 por garrafa.
Se com os vinhos franceses o controle é mais bem-feito, com os italianos, segundo Santucci, a possibilidade de adulteração é maior.
"A legislação italiana que rege a produção de vinhos é muito remendada. Se eles quiserem adulterar o vinho é mais fácil", afirma.

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