São Paulo, segunda-feira, 1 de abril de 1996 |
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PM vai transferir preso que não se rebelou
WILLIAM FRANÇA; LAURO VIEIRA FILHO
A rebelião no Cepaigo (Centro Penitenciário Agroindustrial de Goiás) começou às 11h de quinta-feira. Até o final da tarde de ontem, 19 pessoas eram mantidas como reféns, de um grupo de 30 presos amotinados. Os presos que não participam da rebelião haviam sido levados para a área feminina do Cepaigo na tarde de quinta-feira. A área só tem acomodação para 14 presas. "Eles estavam igual a porcos, sem acomodação e local de higiene pessoal", disse o coronel José Jorge Vieira, comandante da PM, justificando a remoção. Os presos foram levados em grupos de 20, algemados nos bancos de seis ônibus. O Exército ajudou na manutenção da segurança. Familiares dos presos, que tentaram em vão contato com eles ontem, temiam pela integridade física dos detentos durante a remoção. Aniversário Ontem, o assaltante e sequestrador Leonardo Pareja completou 22 anos. À tarde, enviou um bilhete à polícia pedindo dois bolos de aniversário com velas: um para ele e outro para o presidente do Tribunal de Justiça, Homero Sabino, que hoje completa 66 anos. A polícia desconsiderou o pedido. Antes, de manhã, demonstrando descontração, Pareja fez cooper (oito voltas) num campo gramado e depois ensaiou um jogo de futebol com outros detentos. No final da manhã, ele enviou três cartas para a imprensa. Nos textos, Pareja -designado como líder pelos detentos- reclamou das dificuldades de negociação. Reclamou da falta de medicamentos e água e disse que dois reféns estavam com problemas de saúde. Às 17h45, a mãe de Pareja, Luzia Rodrigues, chegou ao Cepaigo para tentar falar com o filho. "Se eu falar com ele, sei que ele sai disso." (WF e LVF) Texto Anterior: Líder escreve longo bilhete Próximo Texto: Policiais são acusados de sequestro no Rio Índice |
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