São Paulo, quarta-feira, 3 de abril de 1996 |
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32º a morrer era vaqueiro
AURELIANO BIANCARELLI
Quem "foi embora" ontem foi o vaqueiro João Almeida, 58, que ocupava a cama 2 na enfermaria reservada a pacientes que não queriam ser ir para Recife. O vaqueiro começou a vomitar e a ter febre logo depois do Carnaval. Treze dias atrás, quando foi internado, tinha a barriga inchada. Na quinta-feira, Almeida ainda fez hemodiálise. Na sexta, só se agitava na cama. "Ele não está falando coisa com coisa", dizia a mulher, Maria Cavalcanti da Silva. As esperanças eram pequenas. "Ele pode ficar bom e pode morrer logo. Para Deus tudo é possível." Almeida tinha duas filhas e três netos. Foi vaqueiro durante 30 anos, sempre cuidando do gado de outros. Seis meses atrás, começou a fazer hemodiálise no IDR, hoje fechado. Almeida ficou sabendo das primeiras mortes, depois a família escondeu as notícias. "Ele não sabe que já foram mais de 30." Texto Anterior: Secretaria fecha clínica de Caruaru Próximo Texto: Acusadas de matar em ritual vão para casa Índice |
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