São Paulo, quarta-feira, 3 de abril de 1996
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Só os sorteados têm lucro

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Será que vale mesmo a pena investir em capitalização? A resposta é individualizada.
Se o aplicador for um apostador nato, que goste de torrar dinheiro com loterias, bingos e rifas, a resposta é sim, vale a pena. É que os títulos de capitalização mais populares devolvem de 42% a 50% do dinheiro, corrigido pela taxa da poupança, ao final do plano. Agora, vão devolver ainda mais.
Quem não for sorteado tem pelo menos esse consolo.
Mas, se o investidor for um poupador tradicional, acostumado à proteção da caderneta, o melhor é fugir dos planos de capitalização, pois eles comem uma fatia de 8% a 50% das contribuições.
No ano passado, apenas 700 dos 780 mil clientes do Bamerindus foram sorteados e ganharam entre 1.500 e 2.000 vezes o valor dos planos contratados. Dá um percentual de sortudos de apenas 0,09%.
Felizardos
No Unibanco, até hoje somente 23 felizardos levaram a melhor, de um universo de 220 mil compradores do "Plin", numa proporção de 0,01%. No Bradesco, somente 119 títulos de um total de 1,4 milhão tiraram a sorte grande.
Há diferenças na devolução do dinheiro. A Liderança (que administra a TeleSena) e a Internunion (Papatudo) devolvem 50% das contribuições.
Os bancos vão além. O Unibanco devolve 75% do capital aplicado. O Bamerindus, 92%, e o Bradesco, 88,72%.
(MG)

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