São Paulo, quarta-feira, 3 de abril de 1996 |
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Nova novela enfoca mundo feminino
ESTHER HAMBURGER
A novela é o ideal de mães e filhas. Elas se divertem junto na vida doméstica e na escola. Ele, marido e pai Vianna (Murilo Benício) trabalha duro como advogado dedicado. E tem alergia aos cachorros. As diferenças de domínios estão simetricamente marcadas nos cenários e figurinos. A arquitetura moderna e lúdica do domínio feminino da casa -clara, cheia de verde, escorregador de um andar para outro- contrasta com a sobriedade do fórum. O shortinho dela, os ternos escuros e as gravatas dele. Ela conduz o cotidiano, ele meio lerda, não acompanha. A vida arejada delas inclui provavelmente assistir à novelas recheadas de homens bonitos, esportistas atirados, de torso nu. De "Quatro Por Quatro", a última novela do diretor, "Vira Lata" herda Marcelo Novaes (Fidel) e Henrique Martins (Lênin) de novo herói aventureiro e benfeitor. Dessa vez no papel de um destemido piloto de helicóptero, o ator ganha os ares, salva pessoas em perigo e faz piruetas. Betty Lago está de volta como Valquíria, uma pediatra independente e namoradeira. Amiga de Helena, profissional bem-sucedida, solitária, se diverte como babá das meninas. A novela é uma grande brincadeira feminina, talvez excessivamente verborrágica. Mulheres e meninas se divertem com a exibição da impetuosa e/ou de bons moços dos homens. Texto Anterior: Globo luta para trazer autores de volta Próximo Texto: "Cassiopéia" é ficção que prega discurso politicamente correto Índice |
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