São Paulo, domingo, 14 de abril de 1996 |
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"Pneu" se assusta com o avanço do crack
LALO DE ALMEIDA; ROGÉRIO WASSERMANN
A mãe dele mora em Santos (litoral sul), com o padrasto. A última vez que eles se viram foi no Carnaval de 1995. Uma semana depois, Pneu foi para a Febem. Logo que voltou para a rua, da última vez, Pneu passou uma semana morando num "mocó" (casa abandonada usada como moradia) na praça Roosevelt (centro), com outras 15 pessoas. Ele conta que saiu de lá depois de uma briga com uma garota que não quis devolver um walkman seu, emprestado. "Ela cuspiu na minha cara, e acabei jogando uma pedra nela", disse. Pneu estudou até a 2ª série, mas não sabe ler direito. "Não gostava de estudar, só repetia de ano", diz. Ele se diz assustado com o avanço do crack. "Vejo muitos dos meus amigos fumando e ficando esquelético, sujos e cheios de espinhas", diz. "Nunca vou colocar isso na minha boca", garante. (LA e RW) Texto Anterior: Rua é alternativa à violência em casa Próximo Texto: Maioria dos usuários é favorável ao PAS Índice |
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