São Paulo, domingo, 14 de abril de 1996
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Noroeste pode comprar banco

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O fim do NorChem deve render um bom dinheiro ao Banco Noroeste, suficiente, talvez para a sonhada compra de outro banco.
Os executivos do Noroeste esperam obter entre R$ 77 milhões e R$ 90 milhões após a autoliquidação do banco e da empresa de leasing.
Outros R$ 50 milhões que engordaram o caixa do Noroeste na quinta-feira passada, provenientes da subsidiária Nortec (Noroeste Serviços Técnicos).
Com esses recursos daria para adquirir uma outra instituição financeira e reforçar a posição do Noroeste no acirrado mercado de varejo, avalia um diretor do banco.
Assim, ficaria sepultado o recente boato, negado por ambas as instituições, sobre suposta incorporação do Noroeste pelo Banco Real.
Déjà vu
A extinção do NorChem sela a segunda pseudofusão desde o início da crise bancária, no final do ano passado. A primeira foi a do Banco Nacional com o Unibanco.
Este último apenas assumiu as operações bancárias do Nacional, transformado numa instituição não-financeira -a massa falida que "micou" nas mãos do Banco Central.
O que sobrar do NorChem no processo de autoliquidação também será transformado numa instituição não-financeira. Ela herdará as operações de crédito de difícil recebimento.
O eventual passivo trabalhista do banco será transferido para o novo Chase brasileiro, sucessor do Chemical após a fusão com o Chase Manhattan Bank.
(MG)

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