São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996 |
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3.000 participam do enterro no Pará Vicentinho ajuda na cerimônia IRINEU MACHADO
Os caixões foram levados em caminhada por parentes dos sem-terra, integrantes do MST e políticos. Um dos diretores do MST anunciou o nome de cada uma das vítimas e a cada nome anunciado as pessoas no local gritavam "presente". Entre os que acompanharam o enterro estavam o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, e o presidente nacional do PT, José Dirceu. Manifestantes levaram faixas ao local, acusando o Estado e a Polícia Militar de "assassinos". Várias pessoas pediam justiça. Parentes das vítimas evitaram dar declarações. Minutos antes do enterro foi cantando o Hino Nacional. Dirceu disse que o PT vai exigir que os responsáveis pelo massacre "sejam colocados imediatamente na cadeia". Ele disse que o partido vai formalizar um pedido de desarmamento da PM do Pará. "Eles misturaram política à pistologia. Tem que desarmar essa PM daqui. A polícia local tem uma política assassina. Se não houver mudanças na legislação isso vai continuar acontecendo", afirmou. Dirceu disse que ouviu vários comerciantes locais dando exemplos de corrupção na PM. Disse ainda que ouviu várias pessoas dizerem ter testemunhado o assassinato de Oziel Alves Pereira, 17, mas que têm medo de falar. Oziel foi enterrado em Parauapebas. (IM) Texto Anterior: Exército proíbe policiais de deixar quartel Próximo Texto: MST faz lista de desaparecidos Índice |
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