São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996
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Sutiã dourado não dá bandeira

SUZANA CAMARÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Como dizia uma sábia antifeminista do Mediterrâneo, só usa sutiã quem precisa -modelar ou esconder os seios.
Segundo ela, todas as mulheres que podem insinuar decentemente que não existe nada entre a roupa que usam e seus peitos perfeitos, abrem mão do porta-seios.
Só que, até agora, a função de levantar e esconder os seios à custa de um sutiã nacional sempre apresentava um inconveniente medonho: o ar da graça do dito cujo.
Sob camisetinhas brancas, por exemplo, a presença do sutiã tradicional -mesmo da cor da pele- é marcante. E nada mais horroroso do que um sutiã bandeiroso.
A única maneira, até pouco tempo, de conseguir um sutiã sutil era pedir à primeira amiga que fosse a Miami que trouxesse um modelo douradinho da On Gossamer.
Agora, a Marcyn acaba de lançar um sutiã meio transparente, meio dourado -e já na praça, por cerca de R$ 12-, que é o máximo.
Esconde mamilos escuros e achata os salientes, modela qualquer seio atraído pela lei da gravidade e não dá sinal de vida nem em costas com blusinhas colantes.
O fecho do sutiã fica na frente e seu material, um tecido levíssimo e firme inclusive na parte de trás, é incapaz de deixar banhas saltarem.

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