São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996
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Empréstimo gera desastre

DA REPORTAGEM LOCAL

O desastre foi completo para a empresa que, no final de 1994 ou início de 95, animada com o surto de consumo, tomou dinheiro emprestado para expandir seus negócios.
Quando o Ministério da Fazenda e o Banco Central aplicaram as medidas anticonsumo, com juros altos e crédito escasso, essa empresa ficou assim: com uma dívida cada vez mais cara, vendas em queda, rentabilidade menor e clientes também com dificuldades de cumprir seus pagamentos.
Não foram poucas as empresas apanhadas nesse pior dos mundos, nota Erivelto Rodrigues, da Austin Asis. O endividamento geral aumentou em 1995.
Esse endividamento se refere a empresas que se financiaram junto a bancos, fornecedores e mesmo junto ao governo, mediante atrasos no pagamento de impostos.
O endividamento apenas com os bancos também aumentou, e em maior proporção, considerado um universo de 182 empresas com balanços publicados.
Também se deram mal as empresas que viviam do ganho financeiro e não se adaptaram ao fim da inflação. Exemplo: revendedoras de veículos ou supermercados ou empresas distribuidoras em geral.

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