São Paulo, domingo, 21 de abril de 1996
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Espetáculo faz metalinguagem do picadeiro com maestria

"Roda Saia, Gira Vida" está em cartaz no Sesc Ipiranga

MÔNICA RODRIGUES COSTA
EDITORA DA FOLHINHA

No jardim do Sesc Ipiranga, os atores do Teatro de Anônimo parecem mesmo personagens mambembes, que armam uma tenda na praça de uma pequena cidade e fazem todo mundo rir.
Esse grupo carioca apresenta o espetáculo circense "Roda Saia, Gira Vida". Trata-se de uma espécie de metalinguagem do circo. O espetáculo começa com o passeio da banda formada pelos atores no Sesc, para chamar o público.
O picadeiro, ao ar livre, é o desenho de um círculo cujo centro é o trapézio, a grande atração, reservada para finalizar os números.
Os atores começam exibindo uma sequência de quadros, sem narrativa, sem palavras, que comentam os números tradicionais do circo.
Outros grupos de teatro elaboram espetáculos sobre esse circo comentado, que se refere às técnicas do tradicional, usando outras linguagens, de teatro (de rua, também, com ênfase no improviso), música e dança. Acrobático Fratelli, XPTO, Parlapatões.
"Roda Saia, Gira Vida" é quase uma paródia do circo. Simples e direta. Na cena do mágico, há um jogo participativo eficiente, em que a platéia sopra para um lenço sumir.
O palhaço principal (João Carlos) faz tudo certo. O outro é um divertido desastre, proposital, assim como acontece com o número de equilibrismo do palhaço no arame.
Para animar as cenas, acordeão e pandeiro, bem ao gosto (considerado) popular.

Peça: Roda Saia, Gira Vida
Elenco: grupo Teatro de Anônimo
Onde: Sesc Ipiranga (rua Bom Pastor, 822, tel. 273-1633)
Quando: Domingos, às 15h, até o dia 28 de abril
Quanto: Grátis

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