São Paulo, sábado, 27 de abril de 1996 |
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Intoxicados em hemodiálise custam R$ 146,8 mil ao SUS Dinheiro é suficiente para pagar 415 agentes de saúde FÁBIO GUIBU
Com o dinheiro, seria possível pagar 415 agentes de saúde capacitados para atender 83 mil famílias do Estado em ações preventivas e educativas. A estimativa é do diretor de Assistência à Saúde de Pernambuco, Antonio da Cruz Gouveia Mendes, 43. Os gastos não incluem a hemodiálise, já que o tratamento teria de ser feito mesmo se não houvesse ocorrido a contaminação. As despesas extras incluem a internação dos intoxicados, transporte, contratação de médicos e enfermeiras e as pesquisas. A internação é o maior custo. Para manter os pacientes no hospital Barão de Lucena, em Recife, o SUS gasta R$ 60,8 mil por mês. O transporte de Caruaru a clínicas de Recife e Garanhuns -para onde estão sendo levados os não-hospitalizados- custa ao SUS R$ 17 mil por mês. Foram alugados um ônibus e seis kombis. Até ontem, 78 pessoas estavam internadas -três delas em estado grave. A Secretaria da Saúde foi obrigada também a contratar, ao custo de R$ 44 mil mensais, 16 médicos e 40 enfermeiras. Os R$ 25 mil restantes foram investidos em pesquisas sobre a contaminação, na compra e remessa de materiais e no financiamento de viagens de 11 pesquisadores brasileiros e estrangeiros que acompanham o caso. Os tratamentos alternativos dos pacientes também estão sendo custeados pelo SUS. Esta semana, a Secretaria da Saúde investiu R$ 2.100 na compra de três filtros de carvão ativado para filtrar o sangue dos doentes. Os filtros serão acoplados às máquinas de hemodiálise e terão a função de reter eventuais toxinas presentes no sangue. A secretaria define até amanhã quem será ser submetido ao tratamento. Cinco doentes renais prosseguem, também em Recife, a troca do plasma sanguíneo. Texto Anterior: 'Empresa deveria ter calculado os riscos' Próximo Texto: Morre 43º paciente do IDR Índice |
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