São Paulo, sábado, 27 de abril de 1996
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Ex-marido diz que quer proteger Luciana

LUIZ ANTÔNIO RYFF
DE PARIS

Philippe Couffin, 43, ex-marido de Luciana Gratival, presa em Paris por assalto à mão armada, disse que "ela vive em seu mundo particular". "Ela é uma menina adorável. Minha obsessão é protegê-la."
Para ele, Luciana é uma menina "emocionalmente frágil".
Ele a visitou na penitenciária na quarta-feira. "Ela começa a se dar conta de que fez bobagem", diz.
Couffin foi informado do caso pela polícia no dia da detenção de Luciana, terça-feira da semana passada. "Fiquei chocado", diz, com os olhos marejados.
Para Couffin, Luciana -de quem se separou há dois anos- foi influenciada pelas novas amizades e necessidade de dinheiro.
"O namorado não tinha um tostão", diz. Segundo ele, das últimas vezes em que se viram, Luciana estava triste e preocupada com o pai. "Foi uma forma de suicídio."
Couffin define Luciana como uma menina simpática, inteligente, agradável, espontânea, bem-humorada e impulsiva, mas imatura e ingênua. "Sempre fui apaixonado por ela. Ainda sou."
Os dois se conheceram em outubro de 1988, no Rio, por intermédio de amigos. Luciana tinha 15 anos. No final dos anos 80, Couffin viajava seguidamente à América Latina, em função do trabalho em uma empresa de automóveis.
Segundo Couffin, na época Luciana morava com o pai. Na terceira vez em que se viram, três meses depois, Couffin a levou a Búzios.
"Pouco tempo depois, seu pai me disse que estava preocupado com Luciana. Eu disse que ela podia vir para a França se quisesse."
Ele nega que tenha conhecido Luciana em uma boate e que ela estivesse se prostituindo em Copacabana. "Ela tinha acabado de sair de casa. Prefiro pensar que a peguei um momento antes dela fazer besteira", diz ele, que afirma que, durante o casamento, Luciana era caseira e avessa à badalações.
Luciana chegou à França em 1990. Eles se casaram em 1991, para que ela conseguisse o visto de permanência francês.

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