São Paulo, sábado, 27 de abril de 1996
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RODÍZIO

Em 95, a implantação do rodízio de veículos em São Paulo gerou intensa controvérsia, sobretudo entre o governo do Estado, que parecia defendê-lo com bastante empenho, e a prefeitura, que aparentemente mostrou pouco interesse em colaborar.
Parece que as resistências ainda não foram vencidas. É adiado o início da operação, previsto para maio, pois sua regulamentação ainda não foi aprovada pela Assembléia estadual. As oposições alegam que o projeto foi enviado à Casa há apenas dois meses, tempo considerado curto para a discussão e aprovação da matéria, que estaria em 49º lugar na ordem de pauta das votações. Para antecipar sua apreciação, seria necessário um acordo entre as lideranças.
Ninguém que de fato preze a independência e a razão de ser dos três Poderes espera que a atividade do Legislativo se limite a oferecer aprovação automática a todos os projetos apresentados pelo Executivo.
Em se tratando, entretanto, de uma medida de inegável importância para a saúde pública municipal, era de se esperar que os deputados envidassem todos os esforços para que se pronunciassem sobre o assunto pelo menos em tempo hábil.
Antes que as condições atmosféricas de outono-inverno, aliadas à emissão de poluentes, tornem irrespirável o ar da capital, é fundamental que os deputados procurem priorizar a apreciação do projeto do rodízio.
Não se deseja indicar aos deputados o que devem ou não fazer. Mas, quando se trata de saúde pública, um pouco mais de agilidade é o mínimo que se espera dos parlamentares.

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