São Paulo, domingo, 26 de maio de 1996
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Bezerra reconhece "desvios"

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Fernando Bezerra, reconheceu a existência de "desvios" no Sesi. "Realmente há desvios de objetivos em alguns departamentos regionais, nos Estados".
Ele diz que, a despeito das falhas "pontuais", a ação do Sesi e do Senai resultou, ao longo dos últimos 50 anos, "em algo infinitamente positivo."
Na qualidade de presidente da CNI, cabe a Bezerra dirigir também o Departamento Nacional do Sesi. Bezerra acha que "são públicos" os recursos das entidades. Ele argumenta que as federações são "remuneradas" para gerir as verbas e devem fazê-lo "de forma mais eficiente".
"Temos que administrar as instituições como gerimos nossas empresas", afirma o presidente da CNI. Ele diz que a tarefa é dificultada pelo fato de que acumularam-se "muitos vícios". Segundo ele, os empresários não são os únicos responsáveis. "O Ministério do Trabalho é co-responsável", diz.
Além dos departamentos regional e nacional, há um conselho nacional, com poderes normativos. O presidente desse conselho é nomeado pelo ministro do Trabalho. Durante as administrações militares, o governo "fazia o que bem entendia" com as entidades.
Desde que assumiu a presidência da CNI e do Sesi, Bezerra adotou algumas providências: proibiu a construção de novos prédios e determinou a atualização do patrimônio, de valor desconhecido.

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